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Fitoterapia ayurvédica e medicina tradicional chinesa: diferenças e semelhanças | |||||||||||||||||||||||
por Alex Botsaris | |||||||||||||||||||||||
Você conhece as diferenças e semelhanças entre a fitoterapia ayurvédica e a da medicina chinesa? Seriam duas linhas de tratamento totalmente distintas? Apesar de muitos médicos das duas escolas se esmerarem em enaltecer a prática que exercem como únicas, as evidências advindas de estudos etnomédicos apontam para a origem comum de muitos conhecimentos. Influenciando as duas escolas, temos alguns fatores indutores de diferenças, como por exemplo, o clima, o tipo de solo, a flora e as raízes culturais de China e India. Mesmo assim as semelhanças são muitas. Ambas usam o pulso para fazer seus diagnósticos, possuem conceitos de doença comuns como frio, calor, umidade e fleuma, e utilizam muitas plantas iguais. Contudo, a maior evidência da influência mútua, que os dois sistemas mantiveram entre si ao longo do tempo, é a semelhança entre as fórmulas. Cerca de 50% das fórmulas de ambos sistemas médicos são parecidas ou até idênticas. Do ponto de vista estatístico a chance disso ocorrer ao acaso, é próxima de zero. A farmacotécnica tradicional oriental é muito desenvolvida. Em ambos os sistemas encontramos uma riqueza de preparações como chás, pílulas, comprimidos, elixires, xaropes, emplastros, pós e óleos. Enquanto os farmacêuticos chineses desenvolveram mais as técnicas de pílulas e comprimidos, os indianos conseguiram obter óleos essenciais e com isso desenvolveram técnicas de aromaterapia. Ambas farmacopéias são muito ricas. Os indianos possuem cerca de 1.700 substâncias naturais relatadas em sua farmacopeia. Já os Chineses ostentam uma enciclopedia de medicina tradicional chinesa onde constam 5 mil substâncias cadastradas. Mas para o uso do dia-a-dia ambos os sistemas lidam com um universo aproximado de 600 substâncias, a grande maioria do reino vegetal. Na realidade deveríamos chamar as medicinas tradicionais orientais de "naturoterapia", pois não se limitam a empregar plantas. Usam também produtos animais e minerais em suas fórmulas e preparados medicinais. Chineses tendem a usar mais produtos animais que indianos, mas ambos os usam. Pérolas, conchas, almíscar, crina de cavalos e sanguessugas constam nas duas abordagens terapêuticas. Os chineses acrescentam uma grande variedade a esse cardápio, incluindo chifre de veado, larvas de insetos, escorpião, e até fezes de bicho da seda. Minerais também estão nos cardápios das medicinas orientais. Chineses e indianos, por exemplo, empregam a pirita para acelerar a consolidação de fraturas, e calamina (um mineral rico em zinco) para cicatrizar feridas e queimaduras. Ouro e argila estão nos dois arsenais, mas com empregos distintos. Rubis e semeraldas e outras pedras preciosas são mais da tradição ayurveda, enquanto que os chineses costumam usar substâncias minerais como a gipsina e hidrosilicato de magnésio. Além da medicina tradicional chinesa e da ayurveda, existem várias outros sistemas médicos tradicionais na Ásia, todos com grandes semelhanças entre si. Nesse grupo há a medicina tradicional coreana, a medicina tradicional vietnamita, medicina tradicional tibetana e o kampô, que é a prática japonesa com plantas medicinais. Quase todos esses países conseguiram integrar sua medicina tradicional ao sistema médico ocidental, resultando em benefícios para a população, conforme a avaliação da OMS. Em todas, as fórmulas tradicionais estão presentes, sempre com grandes similaridade, como a espécie ou o gênero da planta usada, a dose e a indicação. Nos últimos 15 anos a medicina ayurveda e a medicina tradicional chinesa ganharam o mundo, com regulamentação da atividade e expressivo reconhecimento da sociedade nos EUA, França, Inglaterra, Canadá e Austrália. Nesses países é possível encontrar farmácias tradicionais, onde essas drogas naturais são vendidas aos pacientes. Vale conferir as semelhanças e diferenças de algumas plantas importantes nos dois sistemas:
Atenção! Esse texto e esta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracterizam como sendo um atendimento
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terça-feira, 29 de maio de 2012
Fitoterapias Orientais
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