sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Vibhuti Yoga - A excelência Divina

Deus não é diferentes coisas, mas Tudo em tudo. Ele é a Unidade de que procedem todos os números; Êle é, em tudo, o verdadeiro fundamento e a verdadeira essência. Em si mesmo imutável, manifesta-se de variadissimos modos, conforme os pontos. Dele não podemos dizer que seja, em si mesmo, perfeito ou imperfeito, bom ou mau, porque Ele é a Perfeição e a Bondade mesma; em tôdas as coisas, Êle é o mais perfeito Sêr.



Krishna representa o Homem-Deus, o nosso Ego (ou Eu) Superior.
Arjuna representa o homem no estado evolutivo.
Yoga significa união: yogi é aquêle que realizou a sua união consciente com a Alma Divina.


Segue abaixo o capítulo 10 do Livro. Vale a pena lê-lo todo. Olha aqui um blog no qual vc poderá baixar o livro do qual eu extrai esse capítulo:

http://blog.brauliobo.org/wordpress/2009/06/16/bhagavad-gita-editora-pensamento/




1. 0 Verbo Divino (Krishna) continua:

"Ouve, ó forte Herói! a doutrina mais importante que te quero expôr, porque a minha palavra te alegra e porque quero o teu bem.

2. Não conhecem a minha origem nem os anjos, nem os deuses, nem os grandes espíritos, nem os adeptos ou outros homens adiantados no saber; porque Eu sou a origem dêles todos.

3. Quem se adiantou em sabedoria, tanto que Me conhece como Ser Infinito, sem princípio e sem fim, o Senhor do Universo, êsse anda sem pecado, sem ilusão e sem êrro, no meio dos mortais.

4. Sabe que de Mim procedem todas as qua-lidades dos sêres individuais, como: a razão, o conhecimento, a sabedoria, paciência, verdade, clemência, domínio de si próprio, tranqüilidade, prazer e dor, nascimento e morte, coragem e mêdo.

5. Igualmente: a inocência, equanimidade, abstinência, contentamento, afabilidade, caridade, severidade, glória e modéstia.

6. De Mim tiraram origem os sete grandes Rishis ou reis-sábios, os quatro patriarcas (1) e os Manus (2): todos foram emanados da minha Mente, e dêles proveio o gênero humano.

7. Quem conhece esta minha soberania e a minha fôrça mística, sem dúvida é dotado de in-falível e inteligente fé e devoção.

8. Eu sou a Origem de tudo. O universo inteiro de Mim emana. Os sábios, que são Minha imagem e semelhança, conhecendo esta verdade, dirigem-se a Mim com adoração.


[(1) Os quatro patriarcas são os quatro espíritos emanados de Brama; Sanatkumara, Sanaka, Sanatana e Sanandana.

(2) Manus são os chefes e legisladores de uma raça.)]


9. Conservando-Me sempre em suas mentes, e fazendo a sua vida confluir com a minha, glorificam-Me constantemente, regozijam-se e são felizes. Eu, de contínuo, os ilumino o inspiro, e êles instruem uns aos outros e, com a luz do seu espírito, dissipam as trevas e a ignorância do mundo exterior.

10. A todos os que Me oferecem o coração, Eu sou a ciência do discernimento e intuição, para chegarem até Mim.

11. Residindo no centro das suas almas, faço-os sentir a Minha misericórdia, o Meu Amor, o espalho dali os raios do verdadeiro conhecimento, cuja luz dissipa as trevas oriundas da ignorância".

12. Exclama Arjuna:

"Em verdade, Tu és Parabram, o Senhor Supremo! Os deuses, anjos e sábios reconhecem-Te como o Refúgio universal, a mais elevada Morada, Eterno Criador, Sêr Absoluto Puríssimo, Onipotente, Onisciente, Onipresente!


13. Assim Te chamam os sábios, e Tu mesmo o confirmaste falando a mim. E eu Te creio em tudo e sem reserva, ó Senhor Abençoado!

14. A Tua presente manifestação encarnada, a Tua presença em forma terrestre é um grande mistério, que não compreendem nem os deuses, nem os anjos, nem os espíritos adiantados de todos os mundos.

15. Só Tu, único, Te compreendes, ó Fonte da vida, ó Senhor Supremo do universo inteiro, Deus dos deuses, Governador de Tudo o que é, foi e será!

16. Eu, Teu indigno discípulo, rogo-Te: podes me esclarecer a respeito das Tuas perfeições divinas e dizer-me com que misteriosa fôrça pe-netras todos os mundos e, no entanto, permaneces imutável em Ti mesmo?

17. Como poderei eu chegar a conhecer-Te? Como devo pensar em Ti? Como meditar em Ti, se não conheço a Tua forma própria?

18. Fala-me mais ainda, e mais extensamente, do Teu misterioso Sêr, das Tuas forças, dos Teus poderes e formas de manifestação, ó Senhor dos mundos! Eu tenho sêde de ouvir as Tuas imortais palavras, como quem há muitos dias não bebeu águas. Refrigera-me com os Teus ensinos, ó Mestre inigualável!"

19. 0 Verbo Divino: "Ouve, meu caríssimo! Descrever-te-ei as principais das minhas divinas características e manifestações; só as principais, porque sabes que o Meu Sêr e a Minha Natureza essencial são infinitos; as Minhas manifestações e Minhas fôrças não têm limites.

20. Eu, ó príncipe! sou o Espírito que reside na consciência de todos os sêres, e cujo reflexo é conhecido por todos como o "Eu" (ou Ego). Eu sou o princípio, o meio e o fim de tôdas as coisas.

21. Entre as Adityas (Deuses planetários), sou Vishnu (Deus Conservador); Entre os sóis brilhantes, sou o Sol Supremo; Entre os ventos, sou Marichi (Deus dos ventos); Entre os astros, sou a Lua.

22. No Vedas, sou o Sama-Veda (livros de hinos sagrados: Entre os deuses, védicos, sou Indra (o Rei dos deuses); Entre as faculdades, sou a Razão e, nos sêres vivos, sou a Vida.

23. Entre os aniquiladores, sou Shankara (o Destruidor); nos gigantes, sou a Grandeza; nos sêres elementares, sou o Elemento; entre os montes, sou Meru (a Montanha Santa).

24. Entre os sacerdotes, sou o Sumo Pontífice; entre os generais, sou Skanda (deus da guerra); entre as águas, sou o Oceano.

25. Entre os sábios, sou a Sabedoria; entre as palavras, a silaba AUM. Entre os sacrifícios, sou a elevação do espírito. Entre as montanhas, sou o Himalaia.

26. Entre as árvores, sou a figueira sagrada (a árvore da vida). Entre os iluminados, sou a luz; no música das esferas, a harmonia; nos santos, a Santidade.

27. Entre os cavalos, sou Utchaisrava, o cavalo de Indra (símbolo da poesia), que nasceu de Amrita (água da imortalidade). Dos elefantes, sou Airavata (símbolo de sabedoria e grandeza), e entre os homens, o Governador.

28. Das armas, sou o raio, e Kâmaduk (símbolo da fertilidade) entre as vacas. Entre os amantes, sou o Amor; entre as serpentes, sou Vasuki (rei das serpentes, símbolo do saber).

29. Entre os dragões, sou Ananta (símbolo da inteligência); entre os sêres aquáticos, sou Varuna (deus da água); entre os Pitris (antepassados), sou Aryaman (o seu chefe), e dos juizes, sou Yama (o juiz dos mortos).

30. Sou Pralada entre os Daityas (1); Tempo entre suas medidas; leão entre as feras, e águia entre as aves.

[(1) Daityas — Deuses intelectuais, opostos aos deuses meramente rituais, e inimigos de puja, sacrifícios.)]

31. Entre os purificadores, sou o puro ar; entre os guerreiros, sou Rama (poderoso conquis-tador). Entre os peixes sou Makara (o sagrado crocodilo); Entre os rios, sou o Gânges (o rio sagrado dos hindus).

32. De tôda a criação, Eu sou o princípio, o meio e o fim. Das ciências, sou a ciência do Espírito e o verbo dos oradores.

33. Das letras, sou o A; nas palavras a conjunção. Eu sou o tempo perdurável e Aquêle cuja face se volta para tôdas as partes.

34. Eu sou tanto a Morte, que não poupa a ninguém, como o Renascimento, que dissolve a Morte. Eu sou a Glória, a Fortuna, a Eloqüência, a Memória, o Juízo, a Fôrça, a Fidelidade, a Paciência.

35. Entre os cantos, sou o Hino Sublime; entre os versos, sou o Verso Místico. Entre as estações, sou a Primavera; entre os meses, sou o mês mais frutífero.

36. Eu sou a Sorte entre os jogadores, e o Esplendor de tudo o que brilha. Eu sou a Valen¬tia e a Vitória; Eu sou a Bondade dos bons.

37. Eu sou o Chefe de grandes tribus e famílias; Eu sou o Sábio dos sábios, o Poeta dospoetas, o Bardo dos bardos, o Vidente dos videntes, o Profeta.

38. Para os governadores, sou o Cetro do poder; entre os estadistas e conquistadores, sou a Diplomacia e a Política. Sou o Silêncio dos segredos, e o Saber dos eruditos.

39. Em suma, ó príncipe! Eu sou Aquilo que é o princípio essencial na semente de todos os sêres e de tôdas as coisas na Natureza; cada sêr, animado ou inanimado, é por Mim penetrado, e, sem Mim, nada pode existir nem por um ins¬tante.

40. Sem fim são as minhas manifestações divinas, ó Arjuna! Só exemplos delas te apresentei. Os meus poderes são infinitos em qualidade e variedade.

41. Todo sêr e tôda coisa são o produ¬to de uma infinitésima porção do meu Poder e da minha Glória.

42. Mas para que mais minúcias, ó príncipe? Sabe que Eu sustento todo êste universo continuamente, só com um infinitesimal fragmento de Mim mesmo".

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0 Bhagavad Gitâ, isto è, A Sublime Canção, também designada como a Canção do Senhor ou a Mensagem do Mestre, é uma das obras mais importantes que existem no mundo. Êste livro é altamente prezado pelos budistas e venerado como Escritura Sagrada pelos brâmanes, que, freqüentemente, o citam como autoridade no que se refere à religião hindu. A filosofia nêle exposta é um conjunto harmonioso das doutrinas de Patanjali, Kapila e dos Vedas.

0 Bhavagad Gîtâ é um episódio da grande e antiga epopéia hindu, intitulada Mahâbhârata, que contém 250.000 versos.



do Livro:

Bhagavad Gita, a Mensagem do Mestre
Editora Pensamento, 1993

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Magnésio

AI VEM MAIS UMA INFORMAÇÃO QUE HÁ TEMPOS SE ESCUTA FALAR.

Como eu sempre coloco alguns ítens polêmicos aqui, lá vai mais um...

Tire suas próprias conclusões.


O cloreto de magnésio produz o equilíbrio mineral, anima os órgãos em suas funções (catalisadoras), como os rins, para eliminar o ácido úrico nas artroses; descalcifica até as finas membranas nas articulações e as escleroses calcificadas, evitando enfartes; purificando o sangue, vitaliza o cérebro, desenvolve ou conserva a juventude até alta idade.



Uso: após os 40 anos, o organismo absorve sempre menos cloreto de magnésio, produzindo velhice e doenças. Por isso deve ser tomado conforme a idade: dos 20 anos aos 55 anos 1/2 dose, ou seja, meio cálice; dos 55 anos aos 70 anos, uma dose (um cálice), dos 70 anos aos 100, uma dose pela manhã e 1 dose à noite.

O cloreto de magnésio não é remédio, mas alimento. E não tem contra-indicação.

É compatível com qualquer medicamento simultâneo.

O cloreto de magnésio põe em ordem todo o corpo e é indicado para homens e mulheres. No caso das mulheres, ele ajuda a prevenir a osteoporose.

Recomendações: Quem sofre de bico de papagaio, obesidade, nervo ciático, coluna, arteriosclerose, rins, calcificação, surdez por calcificação, deve iniciar o tratamento com uma dose pela manhã, uma dose à tarde, uma dose à noite.

Quando curado, deve-se tomar o cloreto de magnésio como preventivo, isto é, conforme a idade.


Preparo: como preparar e usar a solução de cloreto de magnésio: dissolver 33 gramas de cloreto de magnésio (essa dosagem já está à venda) em 1,250 litro de água filtrada (conforme indicação do Dr. Luiz Moura). Depois de bem misturado, colocar em vasilhames de vidro (não de plástico) e guardar na geladeira. A dose é um cálice de licor segundo a idade: dos 20 anos aos 55 anos 1/2 dose, ou seja, meio cálice; dos 55 anos, aos 70 anos, uma dose (um cálice), dos 70 anos aos 100, uma dose pela manhã e 1 dose à noite.

Um dos grandes defensores do seu uso, foi o Pe. Benno J. Shorr - padre jesuíta, Professor de Física, Química e Biologia do Colégio Catarinense / Sta. Catarina., durante mais de 35 anos. Faleceu em maio de 2005, no Colégio Catarinense, com idade superior a 90 anos, tendo usado cloreto de magnésio por mais de 30 anos consecutivos.





Segue um trecho de um texto que outra colega me passou:


Quando se trata da cura e da própria vida, depois da água que bebemos e do ar que respiramos, o magnésio faz jus a sua importância como o mineral do milagre que pode salvar-nos em época de extrema necessidade. Chamado de "mineral da bela" pelos chineses antigos, sua beleza é vista no poder de cura absoluta que ele contém. É nada menos que um mineral milagroso. Ele tem a chave para centenas de reações enzimáticas essenciais e os processos celulares. Cloreto de Magnésio, quando fornecidos em quantidades suficientes, pode melhorar a fisiologia celular de uma forma muito poderosa.

Poucos sabem que o Cloreto de Magnésio é um impressionante lutador contra infecção e ainda menos sabem que uma forma eficiente para fornecer magnésio para todas as células é feita por meio transdérmico (Isso aconteceria naturalmente se passamos horas por dia de banho no mar).




Os sinais de deficiência de magnésio:

Como o magnésio é fundamental para praticamente todos os processos metabólicos podem ajudar a restabelecer a saúde em qualquer distúrbio de saúde e tem sido utilizado como uma pedra angular na terapia sistêmica de minerais e vitaminas desde a década de 1980. O Cloreto de Magnésio deve fornecer benefícios para as pessoas com qualquer um dos distúrbios listados abaixo, mas também tem amplos benefícios para uma boa saúde geral.

A coisa mais importante e crucial que precisamos fazer é compensar, de maneira mais eficiente possível, nossas deficiências de magnésio.




· Insônia · Obesidade · Enxaqueca · TPM (SPM) · Instabilidade emocional · Depressão / Apatia · Raiva · Nervosismo

· Ansiedade · Epilepsia · Pedras nos rins · Insuficiência Cardíaca Congestiva · Fadiga Crônica · Pressão arterial alta (hipertensão)

· Constipação · Diabetes · Cãibras musculares · Osteoporose · Artrite · Artrose · Problemas de memória · Ruído Sensibilidade

· Dormência e formigamento · Tiques nervosos ·Transpiração excessiva · Anorexia · Asma· Envelhecimento acelerado.


Olha o que diz a revista Saúde


Minerais que garantem vida longa

O quarteto fantástico

por ADRIANA TOLEDO
design GIOVANNI TINTI
fotos FÁBIO CASTELO


É a chave do aproveitamento de energia, resume a nutricionista Cristiane Sales, que investiga o mineral na Universidade de São Paulo. O magnésio é um dos principais fatores de ativação de receptores de insulina, o hormônio que converte açúcar em energia e o coloca dentro da célula. Sem ele, o carboidrato sobra no sangue e não é aproveitado direito. Ou seja, esse nutriente é essencial para afastar o diabete e a própria síndrome metabólica. Para reforçar a lista de benefícios, um novo estudo comprova que o déficit desse nutriente acelera o envelhecimento. Em meios de cultura com diferentes quantidades do mineral, deixamos que células humanas se dividissem por três meses. Nos ambientes com deficiência, o desgaste foi mais acelerado, descreve David Killilea, um dos autores. O magnésio regula enzimas, estabiliza o DNA das células e as protege de agressões, justifica. O mineral também atua na absorção de cálcio, na atividade neuromuscular e no equilíbrio de potássio, importante para as funções cardíacas.

QUANTIDADE DE MAGNÉSIO
Aveia ..............119 mg
Arroz integral ......59 mg
Queijo tofu ....... 38 mg
Milho ..................33 mg
em 100 gramas

RECOMENDAÇÃO DIÁRIA
homem ............. 420 mg
mulher ..de 300 a 320 mg
criança (varia de acordo com a idade).. de 80 a 130 mg

DICAS DE CONSUMO
Evite associar o mineral a altas doses de álcool ou açúcar, porque eles prejudicam sua absorção. Procure manter um intervalo de aproximadamente duas horas entre o consumo de magnésio e o de laxantes, diuréticos ou antibióticos do tipo tetraciclina

EM EXCESSO...
Muitas vezes acaba provocando alterações no ritmo cardíaco. Também não são raros problemas respiratórios e pressão baixa.

SE HOUVER CARÊNCIA...
Causa fadiga, irritabilidade, alterações neuromusculares, fraqueza, arritmia cardíaca e prejudica a absorção do cálcio. Dificilmente o magnésio fica em falta, pois é encontrado em diversos alimentos.


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Lembre-se, procure um Nutricionista ou um Médico (que entenda do assunto). Não substitua tratamento algum. Estas informações servem para informá-lo (rs) apenas. Procure profissional capacitado

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O que adoece, o corpo ou a alma?

Entrevista com o Dr. Jorge Carvajal, médico cirurgião da Universidade
de Andaluzia, Espanha, pioneiro da Medicina Bioenergética.


Qual adoece primeiro: o corpo ou a alma?

A alma não pode adoecer, porque é o que há de perfeito em ti, a alma
evolui, aprende. Na realidade, boa parte das enfermidades são exatamente o contrário: são a resistência do corpo emocional e mental à alma. Quando nossa personalidade resiste aos desígnios da alma, adoecemos.


Há emoções prejudiciais à saúde? Quais são as que mais nos prejudicam?

70 por cento das enfermidades do ser humano vêm do campo da consciência emocional. As doenças muitas vezes procedem de emoções não processadas, não expressadas, reprimidas. O medo, que é a ausência de amor, é a grande enfermidade, o denominador comum de boa parte das enfermidades que temos hoje. Quando o temor se congela, afeta os rins, as glândulas suprarrenais, os ossos, a energia vital, e pode converter-se em pânico.


Então nos fazemos de fortes e descuidamos de nossa saúde?

De heróis os cemitérios estão cheios. Tens que cuidar de ti. Tens teus limites, não vás além. Tens que reconhecer quais são os teus limites e superá-los, pois, se não os reconheceres, vais destruir teu corpo.


Como é que a raiva nos afeta?

A raiva é santa, é sagrada, é uma emoção positiva, porque te leva à auto-afirmação, à busca do teu território, a defender o que é teu, o que é justo. Porém, quando a raiva se torna irritabilidade, agressividade, ressentimento, ódio, ela se volta contra ti e afeta o fígado, a digestão, o sistema imunológico.



Então a alegria, ao contrário, nos ajuda a permanecer saudáveis?

A alegria é a mais bela das emoções, porque é a emoção da inocência, do coração e é a mais curativa de todas, porque não é contrária a nenhuma outra. Um pouquinho de tristeza com alegria escreve poemas. A alegria com medo leva-nos a contextualizar o medo e a não lhe darmos tanta importância.

A alegria acalma os ânimos?

Sim, a alegria suaviza todas as outras emoções, porque nos permite processá-las a partir da inocência. A alegria põe as outras emoções em contato com o coração e dá-lhes um sentido ascendente. Canaliza-as para que cheguem ao mundo da mente.


E a tristeza?

A tristeza é um sentimento que pode te levar à depressão quando te deixas envolver por ela e não a expressas, porém ela também pode te a judar. A tristeza te leva a contatares contigo mesmo e a restaurares o controle interno. Todas as emoções negativas têm seu próprio aspecto positivo.Tornamo-las negativas quando as reprimimos.


Convém aceitarmos essas emoções que consideramos negativas como parte
de nós mesmos?

Como parte para transformá-las, ou seja, quando se aceitam, fluem, e já não se estancam e podem se transmutar. Temos de as canalizar para que cheguem à cabeça a partir do coração. Que difícil! Sim, é muito difícil. Realmente as emoções básica são o amor e o medo (que é ausência de amor), de modo que tudo que existe é amor, por excesso ou deficiência. Construtivo ou destrutivo. Porque também existe o amor
que se aferra, o amor que superprotege, o amor tóxico, destrutivo.


Como prevenir a enfermidade?

Somos criadores, portanto crei o que a melhor forma é criarmos saúde.
E, se criarmos saúde, não teremos que prevenir nem combater a enfermidade, porque seremos saúde.


E se aparecer a doença?

Teremos, pois, de aceitá-la, porque somos humanos. Krishnamurti também adoeceu de um câncer de pâncreas e ele não era alguém que levasse uma vida desregrada. Muita gente espiritualmente muito valiosa já adoeceu. Devemos explicar isso para aqueles que crêem que adoecer é fracassar.

O fracasso e o êxito são dois mestres e nada mais. E, quando tu és o aprendiz, tens que aceitar e incorporar a lição da enfermidade em tua vida... Cada vez mais as pessoas sofrem de ansiedade. A ansiedade é um sentimento de vazio, que às vezes se torna um oco no estômago, uma sensação de falta de ar. É um vazio existencial que surge quando buscamos fora em vez de buscarmos dentro. Surge quando busca mos nos
acontecimentos externos, quando buscamos muleta, apoios externos, quando não temos a solidez da busca interior. Se não aceitarmos a solidão e não nos tornarmos nossa própria companhia, sentiremos esse vazio e tentaremos preenchê-lo com coisas e posses. Porém, como não pode ser preenchido de coisas, cada vez mais o vazio aumenta.


Então, o que podemos fazer para nos libertarmos dessa angústia?

Não podemos fazer passar a angústia comendo chocolate ou com mais calorias, ou buscando um príncipe fora. Só passa a angústia quando entras em teu interior, te aceitas como és e te reconcilias contigo mesmo. A angústia vem de que não somos o que queremos ser, muito menos o que somos, de modo que ficamos no "deveria ser", e não somos nem uma coisa nem outra. O stress é outro dos males de nossa época. O stress vem da competitividade, de que quero ser perfe ito, quero ser melhor, quero ter uma aparência que não é minha, quero imitar. E realmente só podes competir quando decides ser um competidor de ti mesmo, ou seja, quando queres ser único, original, autêntico e não uma fotocópia de ninguém. O stress destrutivo prejudica o sistema imunológico. Porém, um bom stress é uma maravilha, porque te permite estar alerta e desperto nas crises e poder aproveitá-las como oportunidades para emergir a um novo nível de consciência.


O que nos recomendaria para nos sentirmos melhor com nós mesmos?

A solidão. Estar consigo mesmo todos os dias é maravilhoso. Passar 20 minutos consigo mesmo é o começo da meditação, é estender uma ponte para a verdadeira saúde, é aceder o altar interior, o ser interior. Minha recomendação é que a gente ponha o relógio para despertar 20 minutos antes, para não tomar o tempo de no ssas ocupações. Se dedicares, não o tempo que te sobra, mas esses primeiros minutos da
manhã, quando estás rejuvenescido e descansado, para meditar, essa pausa vai te recarregar, porque na pausa habita o potencial da alma.


O que é para você a felicidade?

É a essência da vida. É o próprio sentido da vida. Estamos aqui para sermos felizes, não para outra coisa. Porém, felicidade não é prazer, é integridade. Quando todos os sentidos se consagram ao ser, podemos ser felizes. Somos felizes quando cremos em nós mesmos, quando confiamos em nós, quando nos empenhamos transpessoalmente a um nível que transcende o pequeno eu ou o pequeno ego. Somos felizes quando temos um sentido que vai mais além da vida cotidiana, quando não adiamos a vida, quando não nos alienamos de nós mesmos, quando estamos em paz e a salvo com a vida e com nossa consciência. Viver o Presente.


É importante viver no presente? Como conseguir?

Deixamos ir-se o passado e não hipotecamos a vida às expectativas do futuro quando nos ancoramos no ser e não no ter, ou a algo ou alguém fora. Eu digo que a felicidade tem a ver com a realização, e esta com a capacidade de habitarmos a realidade. E viver em realidade é sairmos do mundo da confusão.


Na sua opinião, estamos tão confusos assim?

Temos três ilusões enormes que nos confundem:

Primeiro: cremos que somos um corpo e não uma alma, quando o corpo é o instrumento da vida e se acaba com a morte.

Segundo: cremos que o sentido da vida é o prazer, porém com mais prazer não há mais felicidade, senão mais dependência... Prazer e felicidade não são o mesmo. Há que se consagrar o prazer à vida e não a vida ao prazer.

Terceiro: ilusão é o poder; desejamos o poder infinito de viver no mundo.. E do que realmente necessitamos para viver? Será de amor, por acaso?

O amor, tão trazido e tão levado, e tão caluniado, é uma força renovadora. O amor é magnífico porque cria coesão. No amor tudo está vivo, como um rio que se renova a si mesmo. No amor a gente sempre pode renovar-se, porque ordena tudo. No amor não há usurpação, não há transferência, não há medo, não há ressentimento, porque quando tu te ordenas, porque vives o amor, cada coisa ocupa o seu lugar, e então se
restaura a harmonia. Agora, pela perspectiva humana, nós o assimilamos com a fraqueza, porém o amor não é fraco.

Enfraquece-nos quando entendemos que alguém a quem amamos não nos ama. Há uma grande confusão na nossa cultura. Cremos que sofremos por amor, porém não é por amor, é por paixão, que é uma variação do apego. O que habitualmente chamamos de amor é uma droga. Tal qual se depende da cocaína, da maconha ou da morfina, também se depende da paixão. É uma muleta para apoiar-se, em vez de levar alguém no meu coração para
libertá-lo e libertar-me. O verdadeiro amor tem uma essência fundamental que é a liberdade, e sempre conduz à liberdade. Mas às vezes nos sentimos atados a um amor. Se o amor conduz à dependência é Eros. Eros é um fósforo, e quando o acendes ele se consome rapidamente em dois minutos e já te queima o dedo. Há amores que são assim, pura chispa. Embora essa chispa possa servir para acender a lenha do verdadeiro amor. Quando a lenha está acesa, produz fogo. Esse é o amor impessoal, que produz luz e calor .


Pode nos dar algum conselho para alcançarmos o amor verdadeiro?

Somente a verdade. Confia na verdade; não tens que ser como a princesa dos sonhos do outro, não tens que ser nem mais nem menos do que és. Tens um direito sagrado, que é o direito de errar; tens outro, que é o direito de perdoar, porque o erro é teu mestre. Ama-te, sê sincero contigo mesmo e leva-te em consideração. Se tu não te queres, não vais encontrar ninguém que possa te querer. Amor produz amor. Se te amas,
vais encontrar amor. Se não, vazio. Porém nunca busques migalhas, isso é indigno de ti. A chave então é amar-se a si mesmo. E ao próximo como a ti mesmo. Se não te amas a ti, não amas a Deus, nem a teu filho, porque estás apenas te apegando, estás condicionando o outro. Aceita-te como és; não podemos transformar o que não aceitamos, e a vida é uma corrente permanente de transformações.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sintomas psíquicos: Pensou em vermes?

O que diz a médica Beatriz Guerra

Não é que o forte deles sejam os sintomas psíquicos,mas uma pesquisa no Instituto Pinel, no Rio de Janeiro,nos anos 1990, constatou que 74% das crianças atendidas tinham parasitose crônica.

Alguns sintomas típicos de infecção por vermes e protozoários:

memória ruim
pensamentos confusos
inquietação, agitação contínua
constrangimento, timidez excessiva
insônia, agitação noturna
depressão
apatia
angústia, sensação de opressão no peito...



A dra. Beatriz Brandão Guerra, médica, tem uma longa experiência com parasitoses. Atende pessoas das mais variadas classes sociais, e todas ganham na primeira consulta um pedido de exame de fezes. Os resultados podem surpreender, frustrar ou confirmar suspeitas.

Mas, como ela diz, “a clínica é soberana: se o médico acha que deve tratar, mesmo o exame dando negativo ele trata”.

Ela vem fazendo descobertas. Por exemplo: úlceras no trato digestivo – estômago, duodeno – quase sempre estão ligadas a estrongilóides.

Mas sua constatação mais impressionante é a depressão causada pela presença de amebas:

– O paciente chega reclamando da vida e de si mesmo, negativo, vendo sempre o lado
ruim: isso é típico do portador de amebas. Umas mais, outras menos, todas produzem
esse efeito. Dificuldade em executar tarefas que antes executava bem, dificuldade até de gozar as coisas boas da vida, uma conduta típica da depressão: o paciente é o vitorioso que se torna derrotado por causa de uma amebinha. É só tratar dela que a depressão desaparece.

Beatriz imagina que as amebas produzam algum tipo de toxina que age diretamente
sobre o psiquismo.

– Mas toda verminose é toxica. No primeiro momento isso aparece como uma pequena
perturbação digestiva e você não liga; a perturbação está lá e produz uma ligeira
variação para o lado negativo, um pequeno desconforto. Como um pedacinho de carne
entre os dentes – não é nada, mas incomoda. O mal é que com o tempo você acostuma.
E nós estamos tão viciados no desconforto que nem percebemos as variações, não imaginamos que a vida poderia ser melhor.

Ela considera que cada pessoa é um ecossistema, que vive e interage com outros
ecossistemas. Se há uma parasitose instalada, é porque aquele ecossistema se desequilibrou.

Como poderia não produzir mal estar?

– A presença do parasita não é inócua.
Todas as células do organismo têm representação cerebral. O mecanismo que
capta estímulos produzidos pelo próprio corpo está registrando o incômodo. Se você
tem toxinas, os seus sentimentos gentis se alteram – e isso pode ser um aviso.

Seu arsenal médico para enfrentar parasitoses é vasto: vai dos quimioterápicos mais fortes à suavidade das dinamizações homeopáticas.

– Quando o paciente com amebíase não aguenta um secnidazol, por exemplo, que é
violento, dou chá de alho. Três dentes de alho de bulbo roxo, fervidos durante 3 minutos e deixados em infusão por mais 20: tomar por 7 dias, em qualquer horário. A eficácia como amebicida é de 88%.

Como estratégia preventiva, Beatriz recomenda aos pacientes o uso de antiparasitários no último período de cada estação: de 1 a 20 de março, 1 a 20 de junho, 1 a 20 de setembro e 1 a 20 de dezembro.

– Durante esses 20 dias, digo para tomarem diariamente alguma coisa que pode até
ser a microdose de alho, losna, hortelã e dente-de-leão (página 204.7). Terminado
esse período, fazer manutenção repetindo o tratamento uma vez por semana, tipo toda
segunda-feira. Se sentirem algum sintoma esquisito, tratar durante uma semana inteira.

Dinamização é o método de concentração ou elevação da energia terapêutica dos
medicamentos pelo sistema da homeopatia.Para dinamizar uma fórmula alho/losna/hortelã/ dente-de-leão, ou outra qualquer, depois de fazer a mistura das tinturas na proporção adequada, sem água, deve-se tirar 6 gotas, juntar num vidrinho com 20 ml de brandy, tampar, bater o fundo do vidro 100 vezes na
palma da mão; a dinamização estará pronta.

Daí em diante, para fazer um vidrinho de microdose dinamizada, basta tirar 6 gotas e
diluir em 20 ml de água.

Ela lembra que a doença e a saúde vão depender sempre do grau de imunidade
do hospedeiro, da virulência do ataque, da quantidade de agentes patogênicos
e do ambiente em que ele está. O resultado é a soma dos fatores.

– Felizmente, muitas vezes a pessoa se livra da parasitose porque a condição psíquica melhora. Alguém que se apaixona, por exemplo: o amor tem uma tradução bioquímica.

Ou alguém que começa a meditar: a meditação modifica o ritmo
do cérebro, que passa a trabalhar em ondas diferentes, e com isso muda
o metabolismo e toda a economia do organismo, o que vai melhorar o nível de defesa. Harmoniza o ecossistema, onde o verme já não fica à vontade.

(do Almanaque de Bichos que dão em Gente, 3a edição)