Nada mais, nada menos do que 15 anos se passaram desde que fui para a Índia e de lá voltei com diversos sentimentos e impressões antagônicas!
Veja bem, na ocasião eu trabalhava na Varig, já havia viajado para diversos países, me deparado com diferentes culturas e tido diferentes impressões. Mas nada como na Índia. E esse nada é bem relativo, pois estou falando da pobreza e falta de condições mínimas da higiene, alimentação etc.
De cara, nós, eu e meu amigo de jornadas exóticas, P. Césare (que diga-se de passagem tem um excelente blog - Odepórica ), já devíamos ter desconfiado quando o próprio Consul da Índia no Brasil resolveu conversar pessoalmente conosco na ocasião do visto. Ele ainda nos disse, algo como: " A Índia é um lugar bem diferente...vocês estão certos?" (Certamente porque observou os diveros carimbos em nossos passaportes).
Mas voltando ao caso, a viagem que era para ser de 30 dias, terminou em 20 por puro estresse físico e emocional nosso. Aproveitamos a última semana pra descançar da Índia em Mongaguá, no apto do P. Césare! Que situação !
Confesso que foi um misto de alívio e raiva quando voltamos ao Brasil. Sim, poderíamos ter escolhido qualquer canto do mundo para as nossas tão esperadas férias, mas fomos nos cansar na Índia. Lá tudo é difícil, complicado e o inglês é quase impossível de se entender. As vezes você está certo de que estão falando sânscrito com você, mas acredite, é inglês!
Acho que a pressa ocidental (paulistana) é que complicou tudo...
Claro que tivemos muitas experiências boas por lá. É uma cultura tão diferente no lado oposto do nosso planetinha... só quem já foi para o outro lado do mundo entende. E o Oriente é muito diferente em cada país (posso falar pois já estive na Tailândia e na China, estudando).
Um norte-americano que lá morava e era proprietário de uma espécie de pensão havia nos dito que para se começar a acostumar e entender a Índia, leva, no mínimo, 3 meses.
Que pretensão a nossa!
Mas muita coisa da Índia voltou sem que eu as pudesse ter mastigado/compreendido, na época.
Mas o mundo gira, passam 14, quase 15 anos, minha visão de mundo se transforma, amadureço um pouquinho mais (quem sabe?)...assisto alguns diferentes filmes sobre aquele país e, de repente, me pego assistindo um documentário sobre a restauração do Taj Mahal no History Channel.
Me vem um misto de tristeza pelo sofrimento e simplicidade daquele povo...algo que não sei descrever.
Eles têm tão pouco e agradecem por tudo. Parece-me que a ambição de lá é diferente da daqui.
A simplicidade daquele povo ressoou em mim como nunca, talvez porque encontrou algo relacionado à fase de vida em que me encontro.
Não estou tentando uma visão poética de um povo danado de sofrimento... pelo contrário, pois nem quero comentar as coisas difíceis que eles enfrentam por lá, que eu ví com esses olhos!
Também nem sei pq resolvi escrever isso tudo. Apenas consegui entender alguns aspectos de um povo que já foi a Nação mais Rica do Mundo, que se tornou uma das mais pobres. Mas cresce de novo a olhos vistos! Tem investimentos na educação que fariam inveja ao Brasil, pois lá já entenderam que a educação é que muda uma Nação!
Um povo simples, objetivos simples!
É uma forma de pedido de desculpas a essa nação, que desenvolveu a Yoga, essa excelente ferramenta de manutenção deste nosso corpo perecível, além de ferramenta para elevação espiritual.
Rama, Krishna,Buda, Patanjali, Yogananda, Mahatma Gandhi, Sai Baba (nós o conhecemos de pertinho), Mde. Blavatsky e toda sua obra, Todos os Sri, Todos os Anandas...
Minha mais sincera gratidão.
Minha mais sincera gratidão à lição do DESAPEGO...
isso!
é isso mesmo, a identificação se dá por esse aspecto: o Desapego!
minha lição é essa...
O problema da Índia é que o Capitalismo Selvagem não entende nem respeita O Desapego.
Espero que respeite a mim.
OM Shanti Om pra todos nós!
fico por aqui.
Mandou bem, ClelciOM OM OM.
ResponderExcluirEstyava inspirado, que bom. Será a proximidade do níver? ; )
Gracias, pc